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O CONCURSO EM QUE NÃO PASSEI...

Foto do escritor: Equipe Elitte ConsultoriaEquipe Elitte Consultoria


Pipocam pela internet relatos de concursandos aprovados nos mais diferentes concursos. São trajetórias sempre bonitas de se ver, com dedicação, superação, esforço e, por fim, a glória do nome em um diário oficial. Mas pouco se fala das reprovações, do “quase”, daquela bola na trave que não entrou por pouco! E é sobre esse assunto que falarei daqui para frente.

O ano era 2013. Já era agente da Polícia Civil do Distrito Federal faz cerca de três anos. Gostava muito da carreira, do trabalho; porém, a parte salarial já começava a apertar. Não tínhamos plano de saúde, não havia aumentos há bastante tempo e a grana começava a ficar contadinha todo mês. Já havia feito outros concursos como teste anteriormente, como o de analista legislativo da Câmara dos Deputados. Fui sem estudar, apenas para ver meu desempenho em algumas matérias. E aí, em 2013, pensei melhor em quais carreiras seriam legais de estudar. Inicialmente havia pensado em auditor da Receita Federal. No entanto, o conteúdo não era muito minha praia e acabei desistindo. A outra opção foi justamente o concurso de auditor fiscal do trabalho, cujo edital estava para sair a qualquer momento.

Assim que optei por essa carreira, o edital saiu! Provas em três meses, banca Cespe. Pense na correria! Nunca havia visto direito do trabalho na vida, aquelas normas de segurança então nem se fala! E some-se a isso a bendita da contabilidade, economia do trabalho (Jesus, que matéria é essa??!) e várias outras que eram novidade para mim. Bom, para começar algo temos efetivamente de começar – é óbvio! E dei início a minha preparação. Comprei um livro de direito do trabalho, uma “bíblia” de saúde e segurança com as centenas de normas regulamentadoras.

Segui estudando, utilizando técnicas de estudo variadas, de acordo com a matéria. Fui evoluindo, conhecendo o direito do trabalho e aumentando minha margem de acerto nas questões. Trabalhei bastante matérias como português, RLM, administração e consegui uma boa evolução nelas também. Chega o dia da prova! Um edital enorme como aquele, apenas três meses de estudos, conciliando com o trabalho na PCDF, rotinas de casa, etc. Era um grande desafio. Fui para a prova com a consciência tranquila, havia feito o que era possível. É um dos concursos mais concorridos do país, com gente estudando pesado desde o último certame. Provas no período da manhã e da tarde, bem cansativo. Saí da prova com a cabeça sossegada, agora minha parte havia sido feita e só restava esperar a terça chegar para conferir o gabarito.

Chegou a terça-feira, hora de olhar o resultado: não deu! Analisei matéria por matéria, vendo como fui em cada item. Havia ainda uma pequena chance com os recursos. Entrei no que foi possível. Com os julgamentos dos recursos, minha nota aumentou bastante. Mas ainda assim fiquei de fora por umas cinco questões, se não me falha a memória. E aí entra a parte importante desta não-aprovação.

Em primeiro lugar, ter participado daquele concurso foi importante para voltar aos estudos com mais dedicação, criando uma rotina, um planejamento. O segundo ponto importante foi meu desempenho em determinadas matérias. Português faltou uma para gabaritar. Raciocínio lógico, uma matéria que sempre fiz no “achômetro”, sem entender de fato as teorias, errei duas, fazendo a prova com total consciência (lógico, após ter estudado a matéria de verdade!). E a matéria que mais me surpreendi foi direito do trabalho. Como disse, nunca havia triscado no assunto. Peguei pós-edital, com livro e milhares (milhares mesmo!) de questões. No resultado final, após os julgamentos, cravei 26 das 28 questões na prova!

Sim, mas e qual a importância disso tudo, caboclo? A importância, caro amigo, é que este concurso fortaleceu muito minha base em matérias importantes, que seriam cobradas lá no de 2014, no de policial legislativo da Câmara dos Deputados. Lá despencou português pesado (que reprovou a maioria dos candidatos), RLM, os direitos. Estudar para AFT me colocou craque em questões Cespe, de tanto que fiz e refiz. Meu ganho com esse concurso foi tão grande que por isso sou grato pela reprovação. Eu poderia ter deixado de lado, concurso praticamente impossível de passar num estudo pós-edital. Mas os obstáculos só são difíceis para quem tem medo deles.

Todo concurso é um aprendizado. Todo o estudo é um ganho. Um resultado ruim hoje não necessariamente significa uma perda. Não beliscou sua vaga? Calma, mantenha a cabeça no lugar e enxergue sob essa perspectiva que mencionei. Pode ter certeza que você vai muito maior para o próximo, com chances de aprovações muito maiores do que antes. Não tenha medo, dê as caras, vá lá e faça. E persista, se ser servidor de um órgão legal é o seu sonho, assim ele se realizará!

 
 
 

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